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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pense fora da caixa

Pense fora da caixa
por Redação VendaMais

Por Daiane Schmitt e Cristiane Dias


Como seria se a tecnologia não tivesse evoluído a ponto de termos o que hoje conhecemos como internet? E se a Motorola não tivesse inventado o celular, em 1973? Imagine o mundo hoje sem o Google. Parece que essas invenções fariam falta, não? Mas, com certeza, outras empresas criativas teriam tomado a iniciativa e estariam, hoje, dominando o mercado, talvez com outras ideias, mas certamente inovadoras também. Na agilidade em que tudo acontece, as organizações, para atingir um patamar melhor no mercado, devem conhecer o seu posicionamento estratégico, seus clientes, produtos e, é claro, a concorrência. Além desses fatores, é fundamental abusar da criatividade e questionar o nível de inovação da empresa. Ele ajudará a construir o diferencial dela no mercado.

Empresas que fazem sempre tudo igual não podem exigir resultados diferentes do esperado. É como um ciclo, ou você tenta mudar ou então está fadado à mesmice, que pode até significar o fracasso a longo prazo.

Mas como ser criativo? Como incentivar a criatividade na sua empresa? É preciso pensar além das barreiras, como na expressão em inglês “thinking outside the box”, que, numa tradução fiel, significa “pensar fora da caixa”.

O palestrante, consultor e professor de estratégias de comunicação e marketing Mário Persona acredita que o primeiro passo para incentivar a criatividade nas empresas é criar canais de comunicação e interatividade. “Apesar da criatividade ser uma qualidade pessoal e as grandes ideias surgirem de uma mente, às vezes, é preciso um conjunto de pessoas para transformar uma grande ideia em algo prático. Alguém pode ter inventado o televisor, mas essa pessoa só conseguiu fazer isso juntando centenas de outras invenções”, afirma o professor. E ele continua: “A integração da equipe e a troca de informações são, portanto, essenciais à inovação, que é a criatividade colocada em prática. Se antigamente a ordem nas empresas era: ‘Parem de conversar e voltem a trabalhar’, hoje é: ‘Conversem e trabalhem’”.

Criatividade é, portanto, o processo de geração de ideias, o qual deve sempre ser seguido da inovação, que, segundo Persona, são as ideias colocadas em prática. Ele lembra que, para gerar inovação, as ideias devem trazer benefícios à empresa.

Nesta matéria, reunimos alguns casos de criatividade que geraram bons resultados às empresas. São ideias diferentes, algumas simples e que só precisam de papel, caneta, tesoura e um mural bem grande na parede. Outras, talvez, exijam um pouco mais de investimento, mas, com certeza, os resultados valem a pena. 2010 chegou e você precisa tirar o melhor proveito dele. Então, inspire-se em nossos casos e tente inovar na sua empresa também.

1. Farol da criatividade fideliza alunos

Preocupada com a evasão dos alunos, a Escola Seven Idiomas, de Tatuapé, SP, criou um novo sistema de retenção que aumentou o número de estudantes em 260% em cinco anos. O Farol, como é chamado o sistema, é resultado de um projeto simples, porém muito criativo, desenvolvido pela franqueada Lúcia Alves em parceria com os professores, que são o canal direto de comunicação entre a escola e os estudantes. Tudo começou quando Lúcia percebeu que alguns alunos sofrem com problemas que afetam o aprendizado e, consequentemente, fazem com que desistam de estudar línguas. Os problemas mais comuns são dificuldade em aprender idiomas, faltas excessivas por motivos de trabalho, falta de tempo para se dedicar aos estudos fora do horário da aula e inadimplência.

A ideia do Farol surgiu para classificar os estudantes de acordo com o seu problema e, assim, facilitar o atendimento e acompanhamento de cada caso pelos professores e equipe pedagógica. Diante disso, a sala dos professores ganhou um farol, com as cores verde, amarelo e vermelho. Cada cor sinaliza uma situação dos alunos:

Verde – Aluno teve um problema, mas a solução está em andamento.
Amarelo – Aluno teve um problema, houve uma proposta de solução, mas o caso ainda não foi trabalhado.
Vermelho – Casos mais graves, em que não é possível visualizar uma solução imediata dos problemas ou a solução não é tão simples.

Com essas informações, foi possível acompanhar os casos de cada aluno individualmente, evitando que desistissem de aprender línguas e, o melhor, que saíssem da Seven Idiomas. O método deu tão certo que será expandido para toda a rede por determinação da franqueadora.

Outra ideia criativa que a escola está utilizando é o uso de florzinhas para a rematrícula: uma espécie de jardim de flores de papel colado na parede da sala dos professores que serve para indicar o número de rematrículas efetuadas na escola. A ação surgiu porque a direção considerava crucial para a sobrevivência da escola no futuro que os professores soubessem o número de alunos matriculados. Ela não tinha ideia de como avisar constantemente os professores sobre esse processo, mas sabia da importância da ação. Diante disso, pediu para que seus colaboradores dessem uma ideia, e eles criaram um jardim na parede da sala dos professores no qual cada aluno rematriculado representa uma pétala de rosa. Para atingir a meta de rematrícula, os professores sabem que é preciso ter 340 pétalas nas 23 florzinhas do jardim. Dessa forma, eles podem acompanhar o processo diariamente. “Foi uma maneira de engajá-los que está dando muito certo. É divertido, e a ideia veio deles mesmos”, complementa.

Para incentivar a criatividade em sua escola, Lúcia procura sempre começar suas reuniões com perguntas, e não com respostas prontas. “A gente tem mania de achar que possui todas as ideias e soluções. Mas os colaboradores, que estão no dia a dia vivendo o problema, também conseguem ter boas ideias. O segredo é sempre começar perguntando, ter a cabeça aberta, dar espaço para as respostas e saber descartar as ideias ruins de forma que o colaborador não se sinta mal e continue motivado a dar outras sugestões”, ensina Lúcia.

2. Muito mais que um sex shop

Pensando sempre no bem-estar das mulheres, Andreia Berté e, sua sócia Fernanda Pauliv, resolveram inovar o mercado feminino da cidade de Curitiba, PR. Há seis anos, elas perceberam que as mulheres sempre que queriam comprar algo ou participar de cursos para alimentar a sua sensualidade tinham de ir a vários lugares para suprir uma única necessidade. Por exemplo: a mulher que queria comprar uma lingerie diferente precisava ir a uma loja específica, se queria aprender danças sensuais, procurava uma escola de dança e por aí vai. Depois de muita pesquisa e um projeto bem analisado, Andreia fez a proposta para a sua sócia de abrir o Joanah Pink – Centro Integrado da Mulher. “O projeto tinha como objetivo reunir em um único lugar tudo o que as mulheres precisam saber sobre sensualidade, relacionamento, autoestima, feminilidade, etc.”, explica Andreia.

Desde o nome até a venda dos produtos, algo que predomina para o crescimento e o sucesso desse empreendimento é a criatividade. O Joanah Pink é a simbologia de um inseto mensageiro de boas notícias, que é a joaninha, e a cor pink representa poesia, amor e sedução. Além do nome, as ideias criativas também estão relacionadas às vendas. “Sempre buscamos informações de tudo o que está acontecendo no mercado, tentamos aplicá-las na empresa e oferecer o que há de mais diferente para as nossas clientes”, comenta Andreia.

Quem frequenta o local, além de comprar o produto, seja ele curso, palestras, aulas sensuais e outros artigos específicos, já sai com a prestação de serviço inclusa no pacote. Um exemplo disso é a Academia de Malhação Sensual, em que as mulheres que querem perder uns quilinhos podem fazer isso de uma forma sexy, sem perder o charme e a feminilidade. De acordo com Andreia, o objetivo é realmente fazer com que a cliente saia satisfeita com a compra que ela fez, não apenas com o produto em si, mas com todo o conhecimento que foi passado para ela.

Inovação na hora de atender o cliente também conta pontos para o Joanah Pink ser um diferencial no mercado. Quem trabalha lá sabe da importância de ter as “anteninhas” ligadas em tudo, desde o atendimento até o fechamento da venda. Para que esse ritmo de criatividade cresça constantemente, o investimento mensal nessas ações gira em torno de 10% do faturamento da empresa. Outro dado importante é que, em apenas um ano, elas já conseguiram crescer 138% – e a resposta para esse crescimento está ligada realmente à criatividade das empreendedoras.

3. Se nosso cliente tem dúvidas, vamos oferecer as respostas!

Uma empresa que começou no quartinho da empregada e que hoje vale mais de 20 milhões de reais. Kauê Linden, sócio-fundador da Hostnet, tem hoje 27 anos, mas criou a empresa quando tinha apenas 17. Ao longo desses dez anos, cresceu e inovou e, com certeza, criatividade e muito trabalho fizeram parte desse processo. A empresa oferece hospedagem de sites e todo tipo de suporte e estrutura para que seus clientes estejam presentes na internet, seja por meio de sites, blogs ou lojas virtuais como também por ferramentas para administrar empresas, para ensino a distância, etc. “Oferecemos soluções para que as pessoas façam cada vez mais suas atividades on-line e possam trabalhar de qualquer lugar”, explica Kauê.

A Hostnet começou revendendo os serviços de hospedagem de uma empresa americana, mas hoje toda a estrutura administrativa, de engenharia e de desenvolvimento de sistemas é feita no Brasil. No início, a empresa firmou parcerias, trocando hospedagem por anúncios, com o objetivo de divulgar seus serviços e crescer. Com o tempo, foi criando outras táticas para atrair clientes. Kauê percebeu que vários provedores exigiam taxa de inscrição e um mês adiantado pelos serviços de hospedagem. A Hostnet, então, passou a oferecer um mês gratuito de hospedagem aos clientes, ou seja, qualquer pessoa podia usar os serviços da empresa por 30 dias sem compromisso e sem pagar nada. Os resultados foram imediatos, e a promoção permanece no ar há cinco anos. A Hostnet obtém cerca de 200 cadastros novos por dia por meio dessa ação.

A última sacada da empresa para conseguir novos clientes foi usar a produção de conteúdo. Ela notou que as pessoas procuravam na própria internet as respostas para as dúvidas quanto à configuração e criação de um site. Com isso, resolveu criar o site: www.comocriarmeusite.com.br, que traz vídeos explicativos sobre o assunto. O site é estritamente informativo, oferece conteúdo gratuito e recebe 1,5 mil visitas por dia. Kauê Linden explica que o site é importante para a empresa porque os visitantes acabam se dando conta de que a própria Hostnet oferece todo tipo de suporte necessário para a criação de um website. Com isso, muitos deles decidem se tornar novos clientes.

Mas a criatividade da Hostnet vai além das ações de marketing, como os dois exemplos citados. Há quatro anos, a empresa percebeu que estava com dificuldades para recrutar profissionais especializados em programação e, por meio de uma parceria com escolas técnicas, passou a organizar a maior competição de programação do Brasil. Com a Olimpíada de Algorítimo, a Hostnet capta cerca de 15 novos estagiários por ano entre os alunos que mais se destacam na competição. Segundo Kauê, eles não precisam saber tudo sobre programação, mas devem ter potencial. Depois, a própria Hostnet oferece cursos de programação dentro da empresa e forma os profissionais.

4. Excelência e criatividade na hora do almoço

Após passar por várias experiências como funcionário, Roberto Oliveira resolveu seguir outro rumo, o de empreendedor. Em 1992, ele comprou uma empresa que estava falida, reestruturou-a e fez com que a Exal – Excelência em Alimentação se tornasse um diferencial no mercado. A Exal atua no segmento de alimentação coletiva e visa oferecer aos clientes uma forma diferente de vender o produto e proporcionar o bem-estar e a qualidade de vida a todos. E uma forma criativa de atrair mais clientes é o programa Mais Saúde, Mais Vida.

De acordo com Roberto, o programa funciona assim: em vez de ter uma tabela com as calorias de cada prato, eles usaram um “sinaleiro” classificando os pratos de acordo com o valor calórico. “As pessoas não tinham o costume de ver aqueles números e, por isso, não percebiam a quantidade de calorias que estavam consumindo. Como nos preocupamos com isso, resolvemos criar uma nova forma”, explica o diretor.

No restaurante, há um display informando o nome do prato, a preparação detalhada dele e uma cor representativa. Por exemplo: o sinal verde significa que a comida está liberada para um consumo maior, o amarelo já pede um pouco mais de atenção com a quantidade e consumo e o vermelho exige parcimônia. O resultado dessa diferenciação para a empresa: “Ganhamos fidelidade e os clientes acreditam ainda mais no nosso trabalho”, afirma Roberto.

5. Samba preferido no serviço que o cliente gosta

Em apenas um ano de existência, o Bossa Nova Bar já ganhou espaço no mercado de bares de Curitiba, PR. O empreendimento surgiu da necessidade de encontrar na cidade um bar que retratasse exclusivamente os estilos musicais bossa nova e samba de raiz. A ideia surgiu de um projeto dos empreendedores Gláucio Gonzaga e Márcio Pereira.

A fidelização acontece já na fila de espera para a entrada no bar. “Não podemos deixar eles irem embora, então sempre os agradamos com alguma coisa. Pedimos para os nossos garçons levarem chopes ou algum aperitivo do bar. Já chegamos a ter mágico na fila para divertir o pessoal enquanto esperavam para entrar no Bossa”, lembra Gláucio.

Outra forma criativa de conquistar mais clientes e oferecer vantagens a eles é o cartão fidelidade. A cada compra dentro do bar, acumulam-se pontos que podem ser trocados, depois, por algum outro produto. Com esse cartão, também é possível ter um atendimento diferenciado, como não enfrentar filas. Quem já é fiel ao bar sabe que pode ter muitas vantagens. “Um dia, levamos um cliente para conhecer o Rio de Janeiro. Pagamos tudo para ele e ainda oferecemos um par de ingressos para curtir o Maracanã”, conta Gláucio.

Para ele, não existe empresa que se destaque da concorrência se não apostar na criatividade e pensar sempre em uma nova maneira de atender e fidelizar o cliente. “Para ter sucesso, é preciso se preocupar com o bom funcionamento da empresa, procurar sempre novas formas de vender o seu produto e investir na inovação do empreendimento”, aconselha Gláucio.

6. O vinho ideal para você

Na intenção de melhorar o relacionamento com os clientes e, com isso, aumentar as vendas, a Total Vinhos, loja importadora de vinhos em São Paulo, resolveu inovar ao oferecer um novo serviço: o personal wine, especialista que vai até a casa do cliente e organiza sua adega particular. O serviço é gratuito e tem a intenção de oferecer atendimento personalizado. Com isso, o personal wine conhece exatamente quais são as necessidades do cliente e pode indicar o vinho certo, aumentando a possibilidade de acertos na hora da venda.

O sócio-proprietário da loja, Amilton Rogério do Amaral, explica que o profissional faz o mapeamento dos vinhos que o cliente tem em sua casa de acordo com o país de origem, com o produtor, o ano de fabricação e o tipo. A partir daí, ele verifica o que está faltando na adega para que ela fique mais completa. O personal wine também está habilitado a recomendar o melhor vinho para combinar com cada refeição ou situação, seja para tomar na beira da piscina, em um jantar com massas, num almoço com peixe ou em um momento mais informal, com aperitivos.

Amilton destaca que vale muito a pena para a empresa proporcionar aos clientes o personal wine. “Vinho todo mundo vende, mas nós vendemos serviços”, destaca. Por isso a importância de colocar a criatividade nos negócios. “O mercado está sempre muito igual. Eu procuro inovar para ter destaque”, conta. Segundo Amilton, muitas lojas especializadas em vinhos complicam o momento da venda. Ele explica o porquê: “A pessoa não quer saber se o vinho foi produzido na temperatura X, ela quer saber se combina ou não com o prato que está preparando, quer saber o lado prático”. Por isso, a Total Vinhos faz treinamentos frequentes com os funcionários. Eles participam de degustação duas vezes por semana para saber exatamente o que estão oferecendo ao público e prestar um atendimento de excelência.

Dicas dos especialistas

A concorrência no mercado exige que as empresas conquistem clientes frequentemente, e é preciso apostar na criatividade organizacional para ganhar espaço e ser lembrada. Para Rodrigo Rodrigues, que é diretor de planejamento da OpusMúltipla, agência de comunicação integrada, a criatividade é a maneira mais barata de um empreendedor conseguir uma abordagem diferente, atender seus clientes e se relacionar com os funcionários. “Quando tudo parece não dar mais dinheiro e a empresa não se destaca no mercado, uma nova ideia pode mudar tudo”, afirma.

Com o intuito de ajudar as empresas a participarem de eventos que proporcionam uma troca de experiência sobre criatividade e inovação, Rodrigo e sua equipe promovem o Fórum de Ideias que Funcionam. O evento reúne as organizações que conseguiram se destacar por alguma ação criativa que tiveram e que aumentaram a lucratividade com isso. As quatro dicas do diretor para que outras empresas usem a criatividade e ganhem diferença no mercado são:

1. Entender que a criatividade é estratégica – Defina um momento com a equipe para discutir novos projetos e soluções e descubra que as coisas podem ser resolvidas e feitas de forma diferente.

2. Expor as equipes ao mundo exterior – Elas precisam viver novas experiências e conhecer outros mercados.

3. Investir – Destine um dinheiro para aplicar em novos projetos, cursos e ideias.

4. Não se conformar – Sempre pergunte se não há uma nova maneira de fazer, convide todos a pensarem em resolver alguma coisa e você vai perceber que novas ideias aparecerão.

No livro 4 C’s para competir com criatividade e inovação, a autora Maria Inês Felippe afirma que o primeiro passo para ser criativo é sair da zona de conforto e partir para mudar tudo o que já caiu na rotina. Ela sugere que as pessoas tentem melhorar a cada dia e pensem sempre na pergunta: “Se eu não fizesse assim, como faria?”. Essa é uma das melhores maneiras de olhar os fatos sob mais de um ângulo e buscar mais de uma solução para os problemas.

E você, como está o seu negócio no quesito criatividade? Você é um dos que tem feito tudo igual esperando resultados diferentes? Lembre-se de que as melhores ideias geralmente não são sinônimo de altos gastos. Verifique a sua empresa, analise como você se comporta dentro dela e veja como pode fazer para inovar sempre.

Não sabe como ser criativo em sua empresa? Veja as dicas do palestrante, professor e consultor estratégico Mário Persona:

Crie uma empresa de perguntas, não de respostas.

Estimule a criatividade, mas também recompense as soluções.

Crie canais de comunicação de baixo para cima, da produção para a direção.

Estimule a detecção, análise e correção dos erros cometidos, em vez de criar um clima de medo e uma equipe que varre os problemas para debaixo do tapete.

Facilite o acesso a todos os níveis da empresa.

Estimule os relacionamentos.

Incentive e promova atividades paralelas, como música e artes.

Crie torneios de criatividade para premiar as melhores iniciativas de novos produtos, agilização de processos ou, simplesmente, de como dobrar o papel higiênico na hora de usá-lo.

Lembre-se de que a criatividade nas pequenas coisas leva à inovação nas grandes.

Leia a entrevista completa com Mário Persona na seção VM Plus do site VendaMais.

Conheça outros cases que também trouxeram bons resultados nas vendas:

Danone
Inovou ao oferecer o Activia no formato de sorvete e suco. Antes, o regulador intestinal era oferecido apenas como iogurte.

Albani Matos
O vendedor de água de coco do Rio de Janeiro instalou brinquedos perto do seu quiosque e aumentou os lucros atraindo mães e babás como clientes.

Revista Trip
Conquistou clientes liberando o conteúdo completo da revista na internet mesmo para os não assinantes.

Alpargatas
Reinventou a sandália Havaianas, transformando um simples chinelo em artigo de moda, hoje desejado também no mercado internacional.

Arnaldo Barcelos
Peixeiro que passou a oferecer sushi e sashimi pronto em uma feira do Rio de Janeiro quando percebeu que muitos dos seus clientes compravam os peixes em sua banca para fazer comida japonesa.


Para saber mais, visite os sites:

www.sevenidiomas.com.br
www.joanahpink.com.br www.hostnet.com.br
www.comocriarmeusite.com.br
www.exal.com.br www.bossanovabar.com.br
www.totalvinhos.com.br
www.mariopersona.com.br
www.opusmultipla.com.br

Livro: 4 C’s para competir com criatividade e inovação
Autora: Maria Inês Felippe
Editora: Qualitymark

matéria publicada em: 04/01/0010



"Este texto foi desenvolvido pela equipe de redatores da revista VendaMais. Para sugestões de pauta, informações e dúvidas sobre o conteúdo editorial da VendaMais, escolha a opção Editorial, no Fale Conosco deste site."

domingo, 10 de janeiro de 2010

Transforme seu celular em uma “maquininha” de cartões de crédito

Transforme seu celular em uma “maquininha” de cartões de crédito
por Daiane Schmitt


Há uns 15 anos, poucos poderiam imaginar todas as maneiras que o comércio nos disponibilizaria hoje para pagar uma compra. Evoluímos do cheque para o cartão de crédito em pouco tempo, e a nova tecnologia trouxe mais segurança ao empresário na hora de evitar o calote. As formas de pagamento com cartão estão cada vez mais em convergência com a internet e o telefone celular, o que facilita a vida do cliente e aumenta as opções de pagamento.

Para se ter uma ideia, segundo um relatório realizado pela e-bit, consultora de compras on-line e referência no fornecimento de informações sobre e-commerce no Brasil, as compras via internet, nos primeiros seis meses de 2009, aumentaram 27% em relação ao mesmo período do ano passado. A convergência do celular com o cartão de crédito também está crescendo. Hoje, o aparelho pode servir tanto como cartão quanto como a própria máquina que aceita cartões, ou seja, como uma forma de capturar a transação do cliente. Isso significa que, agora, uma vendedora da Avon ou Natura, por exemplo, que vai de casa em casa oferecer seus cosméticos, terá a possibilidade de receber o pagamento do cliente pelo cartão por meio de seu aparelho celular, um médico que atende em casa poderá aceitar pagamentos no cartão, um taxista não precisará mais pagar a mensalidade da máquina se usar seu telefone móvel, o dono de uma pizzaria vai poder oferecer a possibilidade de pagamento com cartão em todas as suas entregas, e não apenas naquelas em que o entregador levar a maquininha.

Essa nova tecnologia, também chamada de FoneShop, foi lançada no Brasil pela Redecard, que captura e transmite os pagamentos do MasterCard, RedeShop e Diners Club, e é ideal para os vendedores que precisam de mobilidade.

Segundo Emerson Duran, diretor de produtos de captura da Redecard, existem outras tecnologias similares no mundo, mas em nenhum outro país as operações já estão com as mesmas proporções do Brasil. O principal diferencial do FoneShop, além da opção de mobilidade, é o baixo custo para o vendedor ou empresa, já que não há necessidade de pagar o aluguel da maquininha – valor que, hoje, varia entre R$100 e R$150. Além disso, qualquer celular pode funcionar como máquina de cartões, basta apenas que seja feito o download do software da Redecard no telefone móvel do vendedor. O valor mensal cobrado pela conectividade (custos administrativos, de manutenção do software, etc.) é de aproximadamente R$10 mensais, além, é claro, da porcentagem sobre o valor das vendas, que seria semelhante a porcentagem cobrada caso o vendedor tivesse, por exemplo, uma máquina de cartões em uma loja.

Além da conta de R$10 mensais, a empresa ou vendedor paga cerca de R$0,05 por transação para a operadora de telefonia celular – esse valor é cobrado devido ao tráfego de dados ao realizar o pagamento. É como entrar na internet com o celular, mas, nesse caso, como a quantidade de informações trafegadas é muito baixa, o custo final é pequeno. Para usar o FoneShop, o vendedor deve digitar o número do cartão no celular, selecionar a forma de pagamento (à vista ou a prazo) e fechar a compra.

Uma das grandes dúvidas quanto ao pagamento via celular é a segurança, mas, segundo Emerson Duran, não há motivos para preocupação, já que o aplicativo instalado no celular é da própria Redecard, homologado pelo setor de segurança da empresa. O número do cartão digitado não fica salvo no aparelho e as transações são todas criptografadas, o que garante segurança ao cliente, já que, por meio dessa técnica, a informação é transformada da sua forma original para outra ilegível, sendo reconhecida apenas pelo seu destinatário. O diretor acredita que a nova tecnologia é uma ótima opção para vendedores porta a porta e resulta em economia para empresas que trabalham com entregas, como restaurantes, que não precisarão alugar uma máquina de cartões para cada entregador.

Mas as tecnologias para agilizar e modernizar o pagamento das compras vão além do FoneShop. A Visa, por exemplo, possui o Visa Mobile PayWave, que oferece pagamentos baseados em tecnologia contactless, em que os consumidores apenas aproximam o telefone celular adaptado com o software da Visa diante de um terminal seguro e o pagamento acontece sem a necessidade de contar dinheiro, assinar cheques ou digitar senhas – o serviço é mais rápido e evita filas. No Brasil, o Visa Mobile PayWave está em fase de testes na Rede Starbucks com os cartões do Bradesco.

Outra tecnologia oferecida, tanto pela Visa quanto pela Redecard, é a que transforma o aparelho em uma carteira eletrônica, mas, nesse caso, a operação não é por contactless, e sim via mensagem de texto. Com essa tecnologia, o cliente atrela o número do cartão de crédito ao do celular. Ao chegar na loja, o vendedor coloca o número do telefone em um terminal de cartões, o cliente digita a senha e recebe uma mensagem de texto no celular com um código que deve ser digitado novamente na maquininha para finalizar a transação. O sistema ainda está em fase de testes na Redeshop, e a parceria com os bancos deve acontecer ainda no início de 2010. Na Visa, o projeto piloto já pode ser utilizado com os cartões do Banco do Brasil em estabelecimentos comerciais delivery e de venda direta.

De acordo com Ênio Garbin, especialista em varejo da empresa multinacional IBM, as novas tendências estão principalmente voltadas ao autoatendimento e à convergência com o telefone celular, internet e televisão digital. Ênio participou do Inovarejo 2009, evento que aconteceu no fim do ano passado em São Paulo e que tratou das novas tecnologias na área de varejo. Em entrevista à VendaMais, ele disse que a principal tendência nas grandes redes de varejo para facilitar o pagamento é oferecer self check-out, ou seja, é o cliente mesmo quem passa os produtos no leitor digital e paga suas compras sozinho, com cartão ou dinheiro.

Segundo Ênio, quando a tecnologia é usada com inteligência, “a fraude é zero e a agilidade é mil”. Aqui no Brasil, o self check-out existe no Pão de Açúcar e ainda não está muito disseminado entre as redes de varejo. Nos Estados Unidos e Europa, o sistema é mais utilizado e está presente em empresas como Wal-Mart e Argus. Para ele, a grande vantagem da tecnologia é a eliminação de filas. “O cliente faz as compras feliz, mas, quando vê a fila do caixa, desiste de comprar”, explica o diretor, que completa: “O self check-out veio para evitar esse problema”.

Com o celular, a IBM tem atualmente um projeto embrionário piloto que está sendo aplicado nos Estados Unidos, na Starbucks. O cliente faz a compra e o pagamento via celular enquanto está a caminho da cafeteria e, chegando lá, não precisa esperar pelo pedido nem entrar na fila de pagamento, apenas pegar seu café. O projeto ainda é novo, mas é uma tendência. Para Ênio, o celular é uma das grandes ferramentas para facilitar a vida das pessoas. Ele acredita que, no futuro, não haverá mais necessidade de cartão fidelidade nas empresas. Por meio do bluetooth (rede sem fio para conectar informações via celular, computador, internet, etc.), o cliente entrará na loja e seu perfil será reconhecido pela empresa. Além disso, a TV Digital, segundo ele, terá seu grande momento daqui a dois ou três anos, em que efetivamente teremos mecanismos seguros de pagamento diretamente pela TV.

Para saber mais:
Visite os sites:
www.foneshop.com.br
www.redecard.com.br

Daiane Schmitt é formada em Jornalismo e escreve para as revistas Liderança e VendaMais.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

O que você vai parar de fazer em 2010?


O que você vai parar de fazer em 2010?
por Raúl Candeloro


Em todo começo de ano, milhares de pessoas fazem listas de “coisas a fazer”. Algumas pessoas são mais organizadas e separam as metas em áreas (dinheiro, família, trabalho, saúde, etc.). Outras são mais focadas e escolhem apenas três grandes metas ou uma única meta enorme – no resultado, na sua carga emocional ou, simplesmente, enorme na vontade de alcançar aquilo.

Na minha lista particular, coloco sempre duas coisas que considero diferentes do restante das pessoas que conheço: fazer algo que nunca fiz na vida e escolher uma nova área do conhecimento para me aprofundar (ou seja, passo o ano inteiro estudando um assunto que eu não conhecia).


Tenho certeza de que essas duas coisas têm sido fundamentais para o meu sucesso, para tornar a vida mais interessante e, talvez mais importante, para moldar e aprimorar de maneira contínua o meu caráter, minha personalidade e meus relacionamentos. Afinal de contas, já faço isso há 24 anos (comecei aos 18) e, nesses anos, fiz 24 coisas diferentes, que nunca tinha feito, e estudei 24 assuntos diferentes, que nunca tinha estudado.

Este ano vou implementar uma novidade na minha lista, por influência do Jim Collins (confira o artigo na página 70): vou colocar nela uma ou duas coisas que preciso parar de fazer. Isso mesmo, em vez de colocar mais coisas para fazer, vou parar de fazer coisas.

A verdade é que acumulamos coisas sem valor, tarefas desnecessárias, atividades ultrapassadas, relacionamentos improdutivos... enfim, uma série de correntes que arrastamos pela vida mais por força do hábito que por outro motivo. São todas aquelas coisas que, se você pudesse escolher, provavelmente tiraria da sua vida, mas que, por uma razão ou outra, elas estão lá.

Collins se viu defrontado com isso quando uma professora lhe deu o desafio do 20/10. Funciona assim: num certo dia pela manhã, você recebe dois telefonemas. No primeiro, avisam que ganhou 20 milhões de reais. No segundo, que você tem dez anos de vida. O que faria de diferente? Pouca gente pensa profundamente sobre isso e vai deixando a vida passar. As correntes vão se acumulando e, um dia, a pessoa acorda e se descobre sufocada, vivendo uma vida que não queria. Aliás, existe gente que acorda e descobre que não é mais ela mesma – está vivendo uma vida falsa, vazia, uma vida vivida pelos outros e para os outros.

Uma forma simples de resolver isso é parando de fazer coisas. Simplesmente aprender a dizer “não”. As próprias empresas precisam aprender a fazer isso – dizer “não” a alguns produtos ou serviços, a alguns clientes, fornecedores, parcerias e a alguns funcionários.

Dizer “não” pode ser altamente libertador... muitas vezes, parar de fazer algo errado é a única forma de começar a fazer o certo. Então, diga: “Basta!”, “Chega!”. E corte, assim, algo negativo e improdutivo da sua vida. Coloque “o que não fazer” em sua lista de começo de ano e tenha um excelente 2010.

Abraço e feliz ano-novo!
matéria publicada em: 04/01/2010


Raúl Candeloro é palestrante e editor das revistas VendaMais, Motivação e Liderança. Autor de vários livros, é também mestre em Empreendedorismo pelo Babson College. raul@vendamais.com.br